domingo, 30 de maio de 2010


O projeto IROKO elaborado pelo COTARNEQComissão das Tradições Afro Religiosas do Negro Quilombola, tem como finalidade resgatar suas tradições, identidade, preservação da memória e costumes da religiosidades dos quilombos.

Até o momento não há dados específicos que pontuem as questões religiosas preservadas dentro das comunidades quilombolas existente no município da cidade do Rio de Janeiro.
O presente trabalho de pesquisa se baseia na identificação de fotos que comprove as tradições e preservação da religiosidade, nas comunidades negras urbanas dos quilombos no município do Rio de Janeiro.

Através de pesquisas realizadas anteriormente, baseados em dados fornecidos, apesar de não haver titulações dessas terras, que possa legitimar ficou constatado que dentro do município da cidade do Rio de Janeiro, não existam o papel comprobatório de veracidade como tal, através de dados levantados surgiram três possíveis comunidades remanescentes de Quilombos, que são:

CAMORIM
– Situado em Vargem Grande-RJ

PEDRA DO SAL
– Situado no Bairro da Saúde - RJ. Comunidade Remanescente de Quilombos da Pedra do Sal. Tombado em 20 de novembro de 1984, pelo INEPAC - Instituto Estadual do Patrimônio Cultural.

SACOPÃ
– Situado em frente à Lagoa Rodrigo de Freitas teve sua regularização fundiária aprovada pelo INCRA. As sete famílias descendentes de escravos ainda não têm a posse dos terrenos. O processo está ainda em fase de demarcação do espaço. (Fonte: koinonia.org. BR)

Ao mencionar à dominação ocidental-europeia e, ao mesmo tempo, apontar para o significado dessa memória de nossos antepassados e sua continuidade afro-brasileira, na sociedade contemporânea. Essas organizações são hoje, denominadas Comunidades Remanescentes de Quilombos.

O Quilombo constitui-se numa interface emblemática de problemas ambientais urbanos, O comprometimento em manter sua identidade afro religiosa não apenas define-se em buscar um passado remoto, e sim, coletar dados que defina a identitária urbanas no Município da cidade do Rio de Janeiro.


Propõe-se, através desta pesquisa, o estudo da religiosidade como fornecedora de categorias de explicação de fatos e situações em suas manifestações em uma comunidade afro -descendente, situadas no município da cidade do Rio de Janeiro.

A proximidade geográfica dos quilombos aos centros urbanos ou mesmo o seu compartilhamento com as cidades não podem ser entendidos como fator que os descaracteriza como tal, pois não são as características do local e seu entorno que proporcionam identidade aos negros que ali residem, mas sua história vivida e projetada (...)

O quilombo urbano, segundo as pesquisas se organiza em um meio que lhe é hostil: “No urbano, não se planta, não se pesca e nem se coletam frutos da mata. Na cidade fragmentada, os grupos se solidarizam para recuperar a auto-estima em situações de marginalização social” (Carril, 2006: 11). Para muitos, a identidade quilombola é construída em função de uma história de luta e escassez – e essa história comum unifica o que o contexto espacial parece dividir: o quilombo rural e o quilombo urbano.